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Acidente envolvendo quatro crianças indígenas após queda de avião na floresta amazônica saiba pistas

Equipes de resgate que procuram quatro crianças indígenas na floresta amazônica informaram que encontraram evidências sugerindo que elas podem estar vivas


As equipes de resgate colombianas encontraram pistas que sugerem que as crianças podem estar vivas na selva amazônica — Imagem: Reprodução/ Twitter Forças Armadas Colômbia



A equipe de buscas encontrou pegadas e pedaços de frutas mordidas. A aeronave de pequeno porte caiu na Colômbia, no dia 1º de maio, e quatro menores continuam sendo procurados


Equipes de resgate que procuram quatro crianças indígenas na floresta amazônica informaram que encontraram evidências sugerindo que elas podem estar vivas, mesmo um mês depois da queda do avião em que elas viajavam. As crianças - de 11 meses, 4, 9 e 13 anos - estavam em uma aeronave leve no último dia 1º de maio, quando o motor falhou.


A mãe das crianças, Magdalena Mucutui Valencia, o piloto e uma liderança indígena, que também estavam no voo, morreram. No entanto, quando os destroços foram recuperados pelos militares colombianos, as crianças não foram encontradas e iniciou-se uma operação de busca massiva no sudeste do país para encontrá-los.


Mais de 100 homens estão envolvidos na missão de resgate e os líderes do exército afirmam que é “altamente provável” que as crianças ainda estejam vivas, devido às pistas que encontraram, segundo o Daily Mail.


A última pista sobre o possível paradeiro das crianças é uma pegada encontrada no chão da selva. Oficiais do Exército acreditam que a pegada corresponda a Lesly, 13 anos. A partir disso, imagens de satélite revelaram o caminho que as crianças poderiam ter seguido desde o acidente e as equipes encontraram alguns pertences, como um par de sapatos e uma fralda, além de um abrigo improvisado e uma fruta mordida pela metade.


Na semana passada, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chegou a tuitar que as crianças haviam sido encontradas, mas depois apagou a publicação, dizendo que a informação não podia ser confirmada. Ele recebeu várias críticas.


Líderes do grupo indígena Huitoto, a que as crianças pertencem, disseram ter esperança de que o conhecimento das crianças sobre frutas e habilidades de sobrevivência na selva possa dar a elas melhores chances de serem encontradas vivas. A comunidade Huitoto, também conhecida como Witoto, é conhecida por viver em harmonia com a floresta. A comunidade é altamente especializada em caça, pesca e coleta, o que pode ter ajudado as crianças a sobreviver.


"Com base nas evidências, concluímos que as crianças estão vivas", disse o líder da equipe de resgate, o general Pedro Sanchez, em entrevista à W Radio na última segunda-feira (29). “Se estivessem mortas, seria fácil encontrá-las porque estariam paradas e os cães farejadores logo as achariam”, acrescentou.


Na manhã de 1º de maio, um avião monomotor Cessna 206 deixou Araracuara, no estado do Amazonas, no Brasil, em direção à cidade de San Jose del Guaviare, na Amazônia colombiana. Minutos após iniciar a viagem de 350 km, o piloto relatou problemas no motor e o avião sumiu dos radares.


Entre 15 e 16 de maio, soldados encontraram os corpos dos três adultos e os destroços do avião, que estava entalado verticalmente na densa vegetação, com o nariz destruído. Mas as crianças - Lesly, 13, Soleiny, 9, Tien Noriel, 4, e o bebê Cristin - continuaram desaparecidas.


Cerca de 200 soldados e indígenas com conhecimento do terreno estão vasculhando uma densa área de selva de cerca de 320 quilômetros quadrados (124 milhas quadradas) para tentar encontrá-las. A força aérea havia despejado 10 mil panfletos na floresta com instruções em espanhol e na língua indígena Huitoto, dizendo às crianças para ficarem paradas. Os folhetos também incluíam dicas de sobrevivência.


No domingo, o exército colocou poderosos holofotes com alcance de até 3 km na área “para que os menores pudessem se aproximar”, de acordo com uma entrevista do Coronel Fausto Avellaneda, membro da equipe de busca, ao programa Notícias Caracol.


As equipes de resgate também estão transmitindo uma mensagem gravada pela avó das crianças, pedindo que fiquem paradas para que os soldados possam encontrá-las.


O general disse que a equipe de busca acreditava que havia chegado a 100 metros das crianças, mas foi impedida de alcançá-las por conta de tempestades, da vegetação densa e do terreno pantanoso. Helicópteros da Força Aérea e imagens de satélite estão sendo usados ​​nas buscas em uma área que abriga onças, onças-pardas, cobras e outros predadores, além de grupos armados que traficam drogas e aterrorizam as populações locais.


Membros da comunidade indígena estão realizando cerimônias tradicionais “falando com a selva” e pedindo que entregue as crianças, segundo o governo colombiano. Nas fotos divulgadas pelos militares, tesouras, sapatos e laços de cabelo podiam ser vistos entre galhos no chão da selva. Uma mamadeira de bebê e pedaços de frutas comidos pela metade foram vistos antes da descoberta do abrigo.


Informações da Revista Crescer.

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