A Articulação Continental dos Movimentos Sociais e Populares rejeitou a realização de um Fórum convocado pela União Europeia (UE) sobre a América Latina e o Caribe
O movimento ALBA denunciou que os critérios de seleção para participação no Fórum são desconhecidos e foram definidos sem levar em conta a Celac. Imagem: TeleSur
A Articulação Continental dos Movimentos Sociais e Populares rejeitou na última segunda-feira (10) a realização de um Fórum convocado pela União Europeia (UE) sobre a América Latina e o Caribe sem a participação de organizações e articulações chave para a região.
Esta articulação de movimentos sociais integra a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), chamada de Alba Movimentos. Para a articulação, a UE pretende montar um palco para “dar voz a posições financiadas por ONGs e think tanks de direita em nosso continente e na Europa”.
“Denunciamos a realização deste Fórum convocado pela UE de forma unilateral e não transparente, convidando diretamente organizações e representantes da sociedade civil da Europa e América Latina e Caribe cujos critérios de seleção são desconhecidos”, destacou a ALBA Movimentos.
Para a Alba Movimentos, não foi levado em conta “o esforço da sociedade civil organizada como a Celac Social em torno da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)”.
Nomes desconhecidos
Insistindo que os nomes dos setores convidados a participar do Fórum são desconhecidos, a Alba Movimento disse que a convocação tenta “apresentar, sem nenhuma legitimidade e representatividade, o espírito integracionista da sociedade civil dos países da Celac”.
O Fórum, por outro lado, conforme a Alba Movimentos, exclui questões fundamentais a serem tratadas em relação aos povos da América Latina e do Caribe.
E destaca: “profunda crise econômica, política, ética, energética e ambiental, e a necessidade urgente de reformar a estrutura financeira e a ordem econômica internacional”.
Cúpula dos povos
A Alba Movimentos reúne mais de 400 organizações de 25 países para a construção de um projeto político emancipatório a partir dos povos. A cúpula convocada pela UE-Celac ocorre em Bruxelas nos próximos dias 17 e 18 de julho, e, em paralelo, como é habitual desde 2004, a Alba realiza a Cúpula dos Povos.
“A partir dos movimentos sociais e representantes de diferentes expressões da sociedade civil na nossa região e na Europa, promovemos o desenvolvimento da Cimeira dos Povos”, diz a articulação, que rejeita o Fórum.
Informações do Jornal GGN.
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