Em publicação nas redes sociais, na noite de terça-feira (2/8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a suposta oficialização da linguagem neutra na Argentina, afirmando que a única mudança provocada é que agora há “desabastecimente”, “pobreze” e “desempregue”. A decisão, no entanto, foi apenas do Ministério de Obras Públicas argentino, que adotou uma comunicação sem definição de gênero em documentos e atos administrativos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União argentino de 28 de julho.
A embaixada do país vizinho no Brasil, no entanto, afirmou que a informação de Bolsonaro não procede: o governo do presidente Alberto Fernández não proíbe, mas jamais oficializou o uso da linguagem inclusiva no país.
O tema, inclusive, segue gerando debate, e a linguagem já foi até mesmo proibida nas escolas de Buenos Aires, a capital do país.
A linguagem neutra propõe o uso de um gênero neutro na comunicação. Na língua portuguesa, a mudança é tema de projeto de leis em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal, de acordo com levantamento feito pela Agência Diadorim. No total, 34 propostas têm por objetivo impedir a variação gramatical para além do gênero feminino e masculino.
Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco e Rio de Janeiro lideram a lista na quantidade de propostas de lei, cada unidade federativa com três. Regionalmente, o Sudeste é onde existem mais proposições (11), seguido do Nordeste (10), e do Sul e Centro-Oeste, ambos com seis. No Norte, além de Rondônia, o Amazonas discute o assunto.
Fonte: Metrópoles e Revista Fórum
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