O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira (26) a participação de 11 presidentes de países da América do Sul na cúpula de líderes da região prevista para a próxima semana, em Brasília
Palácio do Itamaraty em Brasília — Imagem: Divulgação Governo Federal
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira (26) a participação de 11 presidentes de países da América do Sul na cúpula de líderes da região prevista para a próxima semana, em Brasília.
Segundo o Itamaraty, estarão presentes os chefes de governo dos seguintes países:
Argentina;
Bolívia;
Chile;
Colômbia;
Equador;
Guiana;
Guiana Francesa;
Paraguai;
Suriname;
Uruguai;
Venezuela.
Chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, é um dos aguardados após reaproximação com o Brasil. Em crise interna, Peru não deve enviar representante.
Somente a presidente do Peru, Dina Boluarte, não estará presente. Segundo a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan, o país deve enviar um representante.
O país enfrenta uma crise interna desde o ano passado, quando o então presidente, Pedro Castillo, foi preso após tentar fechar o Congresso local.
Com isso, na prática, a expectativa no governo brasileiro é que todos os demais presidentes participem, incluindo o da Venezuela, Nicolás Maduro – cujo embaixador entregou nesta semana ao presidente Lula suas cartas credenciais, documento que formaliza a atuação do diplomata no país (leia detalhes mais abaixo).
"Do lado Brasil, queremos integração permanente. Não temos um modelo, é apenas um desejo, que os 12 países, que não seja uma integração fracionada. Buscamos mecanismo, uma instância permanente, inclusiva e moderna", disse Gisela em declaração à imprensa nesta sexta.
"Estamos vendo a reunião não como chegada, mas partida, de retomar o diálogo. Temos consciência de diferença de visões, orientações ideológicas. Mas é um começo para que os chefes sentem na mesa e dialoguem sobre pontos em comum", explicou.
A cúpula
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a cúpula acontecerá no próximo dia 30, em Brasília.
O objetivo do encontro, afirma o ministério, é promover o diálogo "franco" entre todos os países, identificando "denominadores comuns", discutindo perspectivas para a região e "reativando a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave".
Essas "áreas-chave", de acordo com o governo brasileiro, são:
saúde;
mudança do clima;
defesa;
combate aos ilícitos transnacionais;
infraestrutura;
energia.
"É imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas para fazer frente ao desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social", afirmou o presidente Lula, em mensagem publicada pelo Itamaraty.
Informações do G1.
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