Segundo informou a a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira (29), a Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo de isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a Covid-19 que tenham o esquema vacinal completo.
A medida foi divulgada em meio a um recorde de contágios diários de Covid no país, ao somar 42.032 casos e 26 mortes – a marca anterior era de 27 de maio, quando foram contabilizados 41.020 casos.
Carla Vizzotti, no entanto, destacou que o número de casos está aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes"
A medida foi adotada em meio a um grande aumento dos casos positivos de Covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante Ômicron ao país sul-americano e sem que o governo tivesse contemplado aplicar medidas sanitárias restritivas.
"A dinâmica de transmissão mudou com a variante Ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade", indicou a ministra.
De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de Covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.
A ministra explicou que, no contexto atual, "a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos".
O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não tiverem tomado as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no fim do período.
"As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos", destacou a ministra.
Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.
Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no porto de Ushuaia (sul). Nele viajam alguns passageiros infectados com Covid, que ficaram dentro da nave. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto-mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante Ômicron a bordo.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.
Com informações do portal R7
Foto: Pixabay
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