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Brasil perde sua histórica posição de liderança no transporte aéreo de passageiros na América Latina

No primeiro trimestre de 2023, o México se consolidou como o maior mercado da região, ao transportar um total de 29 milhões de passageiros aéreos de janeiro a março, enquanto o Brasil registrou 27,4 milhões de passageiros

Pátio do Aeroporto Internacional de Guarulhos



A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) informa hoje, 31 de maio, que, de acordo com dados de seu mais recente Relatório de Tráfego, divulgado neste mês, o Brasil perdeu a liderança que historicamente ocupou no transporte aéreo de passageiros na América Latina


No primeiro trimestre de 2023, o México se consolidou como o maior mercado da região, ao transportar um total de 29 milhões de passageiros aéreos de janeiro a março, enquanto o Brasil registrou 27,4 milhões de passageiros, ficando com a segunda posição.


Esses números representam uma queda de 10% em relação aos níveis de 2019 para o Brasil, que ainda não conseguiu se recuperar completamente da pandemia, enquanto o México apresentou crescimento em relação a 2019.


No primeiro trimestre de 2023, o Brasil contabilizou 229.815 voos, o que significa que está 8% abaixo do número registrado em 2019 (247.673 voos). Embora este dado indique que o Brasil teve um número maior de voos no primeiro trimestre de 2023 que o México (cerca de 18.000 a mais), o país norte-americano cresceu e se encontra apenas 1% abaixo dos níveis de 2019.


Comparativamente, no primeiro trimestre de 2019, o Brasil transportou 30 milhões de pessoas, 23% a mais do que o México, devido ao número significativamente maior de passageiros domésticos. Porém, nos três primeiros meses de 2023, enquanto o México viu um aumento de 23% nos passageiros domésticos, o Brasil registrou apenas 7% de crescimento.


Já em relação ao embarque internacional, o México lidera com folga, transportando 14,3 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2023, quase três vezes mais do que o Brasil no mesmo período.


Para o CEO da ALTA, José Ricardo Botelho, alguns fatores contribuíram para esta mudança de liderança: “Por um lado, o México teve uma abertura de fronteiras oportuna, possui uma localização geográfica privilegiada e um forte turismo étnico, além de uma regulamentação relativamente eficiente na solicitação de vistos e um mercado muito dinâmico. Já o Brasil ainda está fortalecendo sua conectividade”.


Botelho também destaca a necessidade de o Brasil promover uma regulação de vistos inteligente e fortalecer seu órgão de fomento ao turismo internacional, assim como fizeram outros países da região.


“Enquanto o México representa 22% dos passageiros internacionais que viajam para a América Latina, o Brasil responde por apenas 9%. A situação mostra a necessidade de estratégias e políticas que estimulem ainda mais o crescimento do setor de aviação no Brasil, que diminuam os custos operacionais, estimulem a segurança jurídica e promovam um ambiente favorável ao turismo nacional, mas principalmente ao turismo internacional”, conclui o CEO.


Informações de AEROIN.


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