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III Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe tem início em Brasília

Na manhã da última sexta, as participantes do fórum realizaram uma marcha contra a violência de gênero que partiu do Museu Nacional e seguiu até o Ministério das Mulheres


Mulheres indígenas em mobilização refletem a luta que se amplia para as mais variadas frentes dos movimento sociais. Imagem: @webertdacruz @retratacaocoletivo – Via apiboficial.org


O III Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe começou na última sexta-feira (21) em Brasília com a participação de cerca de mil delegadas de mais de 14 países, que promovem a luta pelos direitos e emancipação das mulheres e por um espaço regional soberano e livre.


A primeira reunião foi realizada em 2015 em Santo Domingo, na República Dominicana, e a segunda, três anos depois, em Quito, no Equador.


Na manhã da última sexta, as participantes do fórum realizaram uma marcha contra a violência de gênero que partiu do Museu Nacional e seguiu até o Ministério das Mulheres, onde entregaram um manifesto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Para as mulheres reunidas em Brasília, superar o patriarcado só é possível tendo a luta contra o capitalismo como método.

Mulheres de cada país fazem neste primeiro dia de encontro uma apresentação sobre a situação econômica, social e política das mulheres nos últimos anos, bem como o impacto da pandemia de covid-19 neste segmento da população.


O encontro contará com oficinas focadas em temas como diversidade, jovens, experiências de luta, organização e participação política das mulheres, análise dos movimentos de mulheres na América Latina e no Caribe, trabalho, saúde integral, violência, educação, ciência e tecnologia e mídia.


Defesa da natureza

Um dos temas mais centrais para as mulheres é a defesa da natureza e dos territórios contra a exploração dos recursos naturais e a depredação ambiental. No campo, nos quilombolas e nas terras indígenas as mulheres estão envolvidas com as demandas de suas comunidades e do ambiente que as cerca.


São mulheres camponesas, mulheres negras, mulheres originárias/indígenas, mulheres e mais mulheres naquilo que chamam de “luta anti-imperialista em defesa da soberania e autonomia dos povos e contra guerras e intervenções imperialistas”.


Mulheres migrantes e deslocadas

Não menos importante para as mulheres no encontro se trata da condição das mulheres migrantes na América Latina e no Caribe, assim como mulheres em deslocamento interno e miséria nos centros urbanos.


O que implica em discutir propostas a respeito de economia e desenvolvimento das cidades e territórios comunitários.

Tal exame continuou neste sábado (22), enquanto no domingo (23), último dia do encontro, foi realizado um debate em plenário sobre as perspectivas das lutas das mulheres em nível regional.


A reunião correspondente ao ano de 2021 não pôde ser realizada por conta da pandemia, por isso está sendo realizada em Brasília agora em um contexto do país diferente dos últimos anos de retrocessos durante a gestão do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.



Informações do GGN

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